Governo cria 53 espaços de teletrabalho no Interior até ao final de junho – Rádio Tágide

Governo cria 53 espaços de teletrabalho no Interior até ao final de junho

O Governo pretende abrir até ao final de junho 53 espaços de teletrabalho no Interior do país, em igual número de municípios, para dinamizar estes territórios e facilitar a fixação e atração de pessoas e empresas, foi hoje anunciado.

“O estabelecimento destes espaços de `coworking`, previsto no Programa de Estabilização Económica e Social (PEES), vai contribuir para a dinamização dos territórios do Interior, facilitando a fixação e atração de pessoas e empresas, diminuindo a necessidade de deslocações e a consequente pegada carbónica e melhorando a qualidade de vida das populações do Interior, ao promover a conciliação entre vida profissional e familiar”, lê-se numa nota do executivo.

Num comunicado conjunto, os ministérios da Coesão Territorial e do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social indicam que, na primeira fase da rede nacional de espaços de `coworking`, vão abrir até ao final de junho deste ano 53 espaços, sendo 16 na região Norte, 23 no Centro, três no Alentejo e 11 no Algarve.

“Os espaços, disponibilizados pelas autarquias, vão estar devidamente equipados com computadores, impressoras e acesso à internet e vão ser divididos em áreas de diferentes tipologias, de forma a disporem de bancadas livres para diferentes períodos de ocupação, zonas privadas para videochamadas, áreas para reuniões e locais para a realização de apresentações ou ações de formação. Vão localizar-se em espaços centrais, próximos de serviços, espaços culturais ou destinados à prática de desporto”, lê-se na mesma nota.

As câmaras municipais serão responsáveis pela divulgação destes espaços, disponibilizando fotografias ou vídeos para permitir a realização de visitas virtuais por parte de eventuais interessados, e fornecendo informação relativa às características do espaço, condições de utilização, calendário anual, horário de utilização e custo associado.
O Governo compromete-se, através das Comissões de Coordenação e Desenvolvimento, “a considerar a disponibilização de fundos europeus” para, quando necessário, apoiar a contratação e a mobilidade de trabalhadores e comparticipar a adaptação física destes espaços, mas também a aquisição de mobiliário ou equipamento informático, segundo os ministérios liderados por Ana Abrunhosa e Ana Mendes Godinho.

“O teletrabalho e o `coworking` assumem particular importância para os territórios do Interior na redução da assimetria geográfica de ofertas profissionais, democratizando as oportunidades entre as regiões de elevada densidade populacional e as de menor densidade. A rede agora constituída, alinhada com os objetivos do Programa de Valorização do Interior, pretende incentivar a fixação de pessoas no interior do país e promover a partilha de experiências e ideias entre trabalhadores de vários contextos e origens”, acrescenta.

A assinatura dos acordos de cooperação nas quatro regiões que vão acolher estes espaços realiza-se esta semana, começando pelo Alentejo, na terça-feira, em Vendas Novas, distrito de Évora.

Segundo o Programa de Estabilização Económica e Social, de junho do ano passado, a criação de espaços de `coworking`/teletrabalho no Interior do país tem um orçamento de cerca de 20 milhões de euros.

Lista de Municípios que integram a primeira fase da Rede “Teletrabalho no Interior. Vida Local, Trabalho Global”

Região Norte:
Amares, Arcos de Valdevez, Bragança, Cinfães, Macedo de Cavaleiros, Melgaço, Mirandela, Monção, Mondim de Basto, Paredes de Coura, Terras de Bouro, Valpaços, Vila Flor, Vila Nova de Cerveira, Vila Verde e Vimioso

Centro:
Abrantes, Aguiar da Beira, Alvaiázere, Ansião, Carregal do Sal, Castelo Branco, Covilhã, Figueira de Castelo Rodrigo, Fundão, Góis, Idanha-a-Nova, Mação, Oliveira do Hospital, Ourém, Penamacor, Penela, Proença-a-Nova, Sátão, Santa Comba Dão, Sever do Vouga, Vila de Rei, Vila Nova da Barquinha e Vouzela

Alentejo:
Alter do Chão, Alvito e Vendas Novas

Algarve:
Albufeira, Alcoutim, Castro Marim, Faro, Loulé, Monchique, Olhão, Portimão, São Brás de Alportel, Silves e Tavira

C/ Lusa

Fonte da notícia: Jornal de Abrantes