VN Barquinha: Galeria do Parque recebe exposição “A Memória da Água” – Rádio Tágide

VN Barquinha: Galeria do Parque recebe exposição “A Memória da Água”

No próximo sábado, dia 23 de outubro, vai ser inaugurada a exposição “A Memória da Água”, de Cristina Ataíde. A cerimónia está marcada para as 17 horas, na Galeria do Parque, no edifício dos Paços do Concelho.

A exposição vai estar patente de t erça a sexta-feira, das 11:00 às 13:00 horas e das 15:00 às 18:00 horas. Aos sábados, pode visitar a exposição entre as 15:00 e as 19:00 horas. Encerra ao domingo e à segunda-feira e a entrada é gratuita.

A mostra é comissariada por João Pinharanda, no âmbito da parceria da Câmara Municipal de Vila Nova da Barquinha com a Fundação EDP, para a programação artística do Parque de Escultura Contemporânea Almourol.

“Cristina Ataíde procura integrar no seu trabalho o eco das grandes narrativas da humanidade. Cultiva, por isso, uma relação íntima com a memória das matérias primeiras: a água, mas também a terra, o ar, o fogo, a madeira, os metais… o sangue, as pedras, as estrelas, a palavra…

Os habitantes e visitantes de Vila Nova da Barquinha conhecerão já uma obra sua construída no Parque de Escultura Contemporânea: é, também, uma memória da água; e evoca uma delicada e eficaz armadilha de pesca. A obra pública supera a utilidade do objeto que lhe serviu de modelo transformando-se num objeto lúdico ao serviço imediato das crianças.

Mas na Galeria do Parque o campo de trabalho de Cristina Ataíde é outro: trata-se de aprofundar o enigma das imagens desviando do seu destino prático os objetos que nos apresenta e acentuando o seu destino simbólico. Cristina Ataíde procura no mundo real equivalentes das questões que lhe importa tratar: a vida e o seu fluir, o reflexo de umas coisas nas outras, a superação da morte.

Se o barco, incompleto, se suspende num voo imóvel sobre a água que corre diante de si, se as estrelas que regista nos desenhos não correspondem a nenhuma das constelações conhecidas e se remos e varas de barqueiro são afinal novas esculturas sem valor prático é porque Cristina Ataíde não documenta o real mas o supera, oferecendo-nos o desenho de um mundo ideal”, escreveu o comissário João Pinharanda acerca da artista.

Fonte da notícia: Jornal de Abrantes