Os erros dos pais que comprometem a saúde mental no futebol de formação – Rádio Tágide

Os erros dos pais que comprometem a saúde mental no futebol de formação

Saúde mental no futebol de formação – Saiba os maiores erros dos pais

A metodologia de treino físico e técnico são dois pilares para formar craques. O terceiro é a saúde mental no futebol de formação, onde pais e filhos têm muito a aprender

A saúde mental no futebol de formação está a ganhar uma importância crescente. Mas isso exige que os pais tenham a postura correta para o crescimento dos filhos enquanto atletas e como homens

O treino físico e técnico têm um papel essencial no crescimento dos jovens que jogam futebol. Mas muitas vezes o crescimento psicológico tem ainda mais impacto no seu futuro. Por esse motivo, a saúde mental no futebol de formação é um elemento que ganha cada vez mais foco nas escolas e clubes, isto segundo informações divulgadas por sites como o NotíciasPT.com.

Os treinadores são protagonistas no crescimento dos jovens como futebolistas nos escalões de formação. Mas os pais são ainda mais fundamentais. Em muitos casos eles, erradamente, são tão orgulhosos que levam os feitos dos filhos de forma extrema. O que acaba por não ser a melhor abordagem… Saiba quais os principais erros e a postura correta dos pais em relação à saúde mental no futebol de formação.

Orgulho, autoridade e pressão são os maiores erros

Todos os pais têm orgulho nos seus filhos. Mas o orgulho excessivo, como se ao lado deles o Cristiano Ronaldo e o Messi fossem “coxos”, é uma abordagem errada. Isso inibe a capacidade de aprendizagem dos pequenos, que se acham verdadeiras estrelas e, pela autoconfiança excessiva que lhes é incutida, não revelam a necessária abertura para captarem os ensinamentos passados pelos treinadores e evoluírem como jogadores.

Aliado a este sentimento está o facto de muitos pais minarem a atuação de outros dos protagonistas da formação. Por um lado, dos treinadores, criticados porque os filhos não são titulares ou desautorizados, com a passagem de instruções técnicas aos seus filhos. E colocando também em causa a autoridade dos árbitros no campo de jogo, criticando-os e não acatando as suas decisões. Estes comportamentos vão, tanto ao nível da saúde mental no futebol de formação como no crescimento dos jovens enquanto cidadãos, causar problemas no futuro enquanto homens.

Mas a pressão excessiva colocada por outros dos pais nos seus filhos é ainda mais nefasta e, provavelmente, o principal risco para a saúde mental no futebol de formação. A exigência excessiva colocada sobre jovens que estão ainda numa fase de formação enquanto homens, pode ter um efeito nefasto no seu desenvolvimento. Entre as consequências está a inibição da sua criatividade, o sentimento de culpa excessivo ou de fracasso quando algo corre mal e outros problemas que os vão acompanhar psicologicamente ao longo de toda a vida.

Acompanhamento e diálogo – A abordagem correta na saúde mental no futebol de formação

Há várias formas dos pais impulsionarem a carreira dos filhos e jovens jogadores enquanto potenciais desportistas no futuro. Mas o principal papel é o suporte psicológico, acompanhando a evolução da sua carreira. Isso passa por estar presente nos treinos e nos jogos, demonstrando que incentivam a prática do futebol como algo positivo para as suas vidas.

Mas para garantir a saúde mental no futebol de formação não basta aparecer. É preciso falar com os jovens e perceber os seus desejos e frustrações, explicando a postura correta. E ajudá-los a ter um sentimento de pertença, tanto à família como na equipa, a encontrar soluções para os seus problemas, a lutarem pelos seus objetivos e a terem uma mentalidade aberta para o futuro. Isso é, muitas vezes, mais importante que o treino técnico e físico. E, como isso impulsiona estes dois pilares para os futebolistas em formação, o psicológico é muitas vezes o mais importante elemento na formação dos futuros atletas.

Fonte da notícia: Jornal de Abrantes